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quinta-feira, 10 de julho de 2014

5x

Cinco vezes eu te destilei. Nesse velho barril que é meu peito.
Por mais de três vezes reneguei esse bendito desejo.
É uma pássaro à voar, é um mangue, um caranguejo.
Uma fome, um desejo.
Um Deus, um afago, um beijo.
Cinco vezes eu te destilei.
Cinco vezes...
Não há uma cura para essa nossa insanidade, não há dor maior que não pode te tocar.
Não há nem um Deus no Olimpo que possa me confortar.
Não há demônio para se comparar.
Por mais cinco vezes eu desejo lhe destilar.
Por mais cinco vezes eu quero do seu veneno me embriagar.

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